domingo, 27 de abril de 2008

Património Edificado


· Capela do Espírito Santo dos Mareantes
Edificada no século XV como sede da Confraria do Espírito Santo dos Mareantes de Sesimbra, possuía uma capela e um hospital, arruinados com o terramoto de 1755. O hospital foi encerrado e permaneceu a Capela, até meados do século XX. De planta rectangular, e com fachada de estilo barroco, o edifício organizava-se no seu interior por dois pisos: a capela, no superior, e o antigo hospital, no inferior, surgindo neste último grafitos parietais de embarcações datadas do século XVII-XVIII. Foi classificada como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto-Lei n.º 129/77 de 29 de Setembro, e em 2000, a Câmara Municipal de Sesimbra, em parceria com a Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais iniciou a sua recuperação. A intervenção ficou concluída em Dezembro de 2004, altura em que abriu ao público corno núcleo do Museu Municipal de Sesimbra. O seu acervo inclui uma importante colecção de Arte Sacra, da qual se destaca a Nossa Senhora da Misericórdia, pintura da autoria de Gregório Lopes, datada do século XVI.




· Castelo de Sesimbra
Apresenta planta irregular, ocupando o topo da encosta. O lado nascente é composto pela alcáçova com a torre de menagem e os torreões, comportando o restante perímetro a cerca vilã, protegida nas portas por torreões e no seu extremo poente por uma torre. No século X foi reforçado pelo emirato omíeda e definitivamente reconquistado antes de 1199 por colonos francos. Até ao século XVI acolheu a vila de Sesimbra, entrando depois em ruína, só travada pelo restauro realizado entre 1936 e 1941. Foi classificado como Monumento Nacional pelo decreto de 16 de Junho de 1910 e Zona de Protecção pela portaria do Ministério das Obras Públicas e Comunicações de 9 de Outubro de 1945 pela portaria Ministério da Educação Nacional de 23 de Setembro de 1960.

· Fortaleza de Santiago

Foi edificada em 1648 como a mais importante fortificação da baía de Sesimbra. No século XVIII acolheu o governo militar da região e a residência de Verão dos infantes reais. Sem função militar, em 1879 foi cedida à Guarda Fiscal e em 1886 à Alfândega. A fortificação apresenta planta poligonal, adossando-se aos vértices do corpo central dois baluartes triangulares a Norte e dois trapezoidais a Sul. Este corpo alberga a casa do governador e as dependências da guarnição, a cisterna, o paiol e a Capela. Foi classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto-Lei n.º 129/77 de 29 Setembro.





· Forte de S. Teodósio
Foi edificado entre 1648 e 1652 para complemento de defesa da baía de Sesimbra. Em 1755, o terramoto danificou-o, tendo sido recuperado e reutilizado no início do século XIX. Após as lutas liberais foi abandonado e em 1895 passou a acolher um farol. De planta poligonal irregular, apresenta dois baluartes quadrangulares virados a Sul, que protegiam o complexo habitacional da guarnição e do paiol, uma torre de planta circular na praça de armas, que protegia a cisterna e um farol na bateria alta. Foi classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto-Lei n.º 95/78 de 12 de Setembro.

· Pelourinho
Este símbolo do municipalismo português terá sido edificado na actual vila de Sesimbra no século XVI, sendo destruído em inícios do século XX. Em 1988, o município promoveu a edificação de uma réplica no local do original. A estrutura de pedra calcária emerge a partir de um pódium de três degraus quadrados, com base redonda a que se sucede um longo e esguio fuste circular, terminando o seu topo num capitel quadrangular encimado por um esporão cúbico. Foi classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto-Lei n.º 23.122 de 11 de Outubro de 1933.





· Santuário de Nossa Senhora do Cabo a Espichel
A partir do culto de Nossa Senhora do Cabo e da quatrocentista Ermida da Memória, no século XVIII por ordem de D. Pedro II e de D. José, é edificado um santuário que vai perdurar ao culto até à transição do século XIX-XX, quando entra em declínio. O santuário congrega a Igreja edificada entre 1701-1707 em estilo chão, duas alas de hospedarias construídas após 1715 e ampliadas entre 1745-1760, a casa da água datada de 1770 e abastecida por um aqueduto e a casa da ópera de finais de oitocentos. Foi c1assificado como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto n.º 37.728 de 5 de Janeiro de 1950 e Zona Especial de Protecção pela portaria de 29 de Novembro de 1963.


· Igreja Matriz de Santiago

É uma igreja quinhentista, de transição entre o estilo manuelino e o renascimento. Há 473 anos, no ano de 1533 (finais), começou a sua construção. O crescer da igreja acompanha também o próprio crescimento da Vila de Sesimbra. A obra terminaria em 1564. Durante a obra foram feitos serviços religiosos, para evitar a ida dos habitantes da vila à igreja de Nossa Senhora do Castelo, a única que à época existia. Mas ficava longe e o caminho era muito íngreme. A construção e embelezamento foi paga em grande parte com donativos de navegantes e capitães de embarcações, que no fim das suas viagens, ofereciam parte da sua fortuna à igreja. Esta igreja serviu também como local de refúgio da população quando esta era atacada por piratas. Em 1755, com o grande terramoto de Lisboa, a igreja perde parte da sua torre dos sinos e dos arcos que suportavam o telhado. É da Igreja de Santiago que, todos os anos, parte a procissão do padroeiro da vila de Sesimbra, O Senhor Jesus das Chagas.

Sem comentários: